quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Perdão

Perdão pelo mal uso do fogo, do átomo, da água, da mulher, da matemática, da arte e do vosso santo nome que já não diz mais nada. Perdão pelo mal uso da minha esperança, tantas vezes mal direcionada para aquilo que eu não preciso e quero. E quero como se fosse a vida em si, como se fosse a Ti e a Tua natureza mais intima. E perdoe ainda mais quando não quero nada. Ou nada mais além do além vida sobre a própria vida que já nada sacia. Perdoe minha esperança atrofiada, meus braços cansados que largam a espada que cai no abismo. Porque de tanto mal uso ao não querer nada e lutar sozinho, comigo mesmo, contra mim mesmo, somado ao peso de tudo, ajudei o mal a digerir o mundo. E minha antiga luta, retrocedida agora, se parece como uma borboleta, pequena e frágil, num banquete preparado para insaciáveis mariposas.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Quando te agarrarem pelo âmago e te puxarem pelo avesso para trazer a tona uma pessoa que você não é e nunca foi só pelo prazer egoista de te fazer ser como eles são, aí nem eles irão te querer mais.