quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

desmedido

Hoje as coisas não têm chão nem altura

O universo se abriu átomo adentro e espaço afora.

Hoje as coisas não têm mais cheiro.

Adivinham-se outras impressões.

Camadas.

Cores em fuga.

Algumas ressonâncias.

Sombras grudadas nas paredes são de extrema gravidade.

Gosto de pensar que certas coisas guardam suas potências em um segredo no futuro.

Ou num indefinível infinito.

No íntimo.

Exemplos:

A luz é quando se trata do fogo com paixão aérea.

Segredo é a palavra reverenciando o silêncio.

Intenção foi um gesto que se perdeu de vista, e por aí vai.

Uma vontade arrasta elementos pra fora do caos buscando respostas.

Hoje, eu

arrasto a metáfora até os limites da sinestesia, só para apalpar as cores.

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