quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Olhando a janela com a Helena no colo, os Flamboyants parados no canteiro central da cidade que não acorda, pergunto a ela se ela vê como as coisas todas estão em movimento e ela me responde com sua linguagem sem abecedário, a linguagem que ela inaugurou, que sim. Como será esse flamboyant pra ela revisitado dentro de alguns anos? A gigantesca casa da minha tia diminuiu da minha infancia pra ca, algumas esquinas tb, as praias que eu ia e voltava diminuia com os anos e com as ondas. As fachadas das casas, os quintais, as praças, as pedras, tudo foi perdendo volume.
Onde foram parar as coisas que diminuíram tanto enquanto eu cresci tão pouco?
Em quantos anos o mundo não caberá na Helena?

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